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Bom de copo

Uma rodada de chope pra galera

Nos idos de 1980, uma famosa banda de rock brasileiro traria ao mundo uma de suas canções mais populares, marcando uma década inteira. Com o hit “Você não soube me amar”, a Blitz fez toda uma geração interpretar o casal da música, sentado numa mesa de bar, enquanto o homem pedia “uma cerveja” e o garçom lhe respondia: “só tem chope”. O homem, conformado (e feliz) com a única opção então comanda: “Desce dois! Desce mais!”.

Embora a música apenas evidencie a paixão nacional pelo chope, a relação dos brasileiros com esta bebida só não é mais intrigante do que uma coisa: a própria diferença entre o chope e a cerveja. Você aí, que já pediu para “descer um monte”, poderia responder a esta pergunta?

Sem pressão, mas com pressão, uma das diferenças-chave reside justamente no modo como o chope é servido. Diferentemente da cerveja, ele é extraído de barris à pressão de gás carbônico e resfriado pelas serpentinas (espécie de pequenos canos de metais gelados, por onde a bebida passa girando antes de chegar no copo). O resultado desta volta toda é uma bebida muito cremosa, com aromas realçados.

Por uma questão de convenção, o copo de meio litro alemão outrora utilizado para beber este líquido do barril era conhecido como “Schoppen” e, no Brasil, acabou ganhando uma versão aportuguesada: o chope, ou chopps.

Mas para além do modo como ele é servido, o chope possui uma característica única em relação à cerveja: ele não é pasteurizado. “E o que isso significa?”, de repente ouvimos você pensar, significa que enquanto a cerveja comum passa por um processo de aquecimento seguido por um resfriamento abrupto para eliminar todos os possíveis micro-organismos presentes no líquido, o chope é servido “como veio ao mundo”. Em linhas gerais, mesmo que a cerveja e o chope sejam feitos das mesmas matérias-primas, o fermento do chope se encontra vivo (sim, enquanto você degusta) e o fermento da cerveja morto.

Pontos positivos e pontos negativos? Para compensar toda a cremosidade e vitalidade (literalmente) do chope, e por se tratar evidentemente de uma bebida mais “fresca”, a vida útil de um chope tem, em média, uma semana – muito pouco, se comparada aos seis meses de uma cerveja engarrafada.

Ps: E como relembrar é viver, faça aqui um brinde com a turma da Blitz, em “Você não soube me amar”.

Com informações de: Comidas & Bebidas, Diferença Entre, Gazeta do Povo e Wikipédia

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