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Bom Saber Curiosidades

Chuva, Suor & Cerveja

Foi no ano de 1977 que Caetano Veloso lançou a famosa marchinha “Chuva, Suor e Cerveja”, uma ode à maior festa popular de rua do país: o carnaval, ilustrando basicamente a presença do calor humano do povo brasileiro nas ladeiras de Salvador sob as tórridas tempestades de verão. Talvez, de fato, maior folia neste planeta não há – mas ao contrário do que muita gente pensa, o carnaval surgiu muito antes de Caetano embalar suas cantigas no Pelourinho ou mesmo do nosso país se chamar Brasil.

Em linhas gerais, de acordo com o portal Superinteressante, desde a Antiguidade se comemorava o carnaval entre os povos egípcios, hebreus, gregos e troianos. Para os povos do Hemisfério Norte, era um período que marcava o final do inverno e o início da boa colheita. Na Antiga Roma, a festa pagã era comemorada nas ruas da cidade, onde escravos temporariamente soltos e homens livres dançavam nus ao lado de antigos carros alegóricos. Mais tarde, com a presença da Igreja Católica na Idade Média, o carnaval passou a significar os últimos dias “livres” antes da Quaresma, cuja penitência divina proibia o consumo de carne durante os quarenta dias que antecediam à Páscoa. Por isso a expressão em latim carnem levare, ou “ficar livre da carne”, transformou-se no nosso bom e conhecido “carnaval”.

Segundo a Confederação do Comércio de Bens e Serviço e Turismo (CNC), estima-se para o carnaval do ano passado houve uma injeção de R$ 6,5 bilhões na economia nacional, dos quais 85% de toda essa renda gerada está concentrada no setor de alimentação fora do domicílio, isto é, bares e restaurantes. Já de acordo com o Ministério do Turismo, estima-se que pelo menos 11 milhões de brasileiros realizaram alguma viagem durante a temporada de festas, destes 400 mil estrangeiros que aproveitaram para cair na farra.

Já o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) afirmam: a cerveja é o produto mais consumido durante o período dos bloquinhos. Dentre os entrevistados, 57% afirmaram que esta bebida era a primeira opção, seguida de água e refrigerante. Outro valor que salta aos olhos: dos 72 milhões de consumidores brasileiros previstos no ano anterior, o brasileiro médio gastou R$ 847,35 nesta semana, com os homens puxando a média para cima, com R$ 969.

Esteja você fantasiado de grego, troiano, pierrô ou mestre-sala, uma coisa é certa: carnaval é tempo de curtir. Por isso não se esqueça: se for beber, não dirija, mas me convide para o bloquinho.

Com informações de: Portal no Varejo, Superinteressante e UOL