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Bom de copo Estilos de Cerveja

Kölsch

Você é do tipo que adora carimbar seu passaporte pelo mundo e sempre arranja uma boa desculpa para dar uma escapulida para algum lugar exótico, fora da rota turística? Você também é do tipo que aprecia uma boa cerveja e está sempre disposto(a) a conhecer uma variedade nova desta rica cultura? Então venha conosco, pois hoje embarcaremos para Colônia, na Alemanha.

Para além da tríade mais conhecida pelos turistas brasileiros – Berlim, Hamburgo e Munique – a cidade de Colônia possui uma história repleta de cicatrizes deixadas pelas duas grandes Guerras Mundiais, mas também uma linda arquitetura e rica cultura pautada na superação destes tempos difíceis.

Foi em 1906 que a cervejaria Sünner resolveu resgatar uma antiga técnica de fermentação outrora deixada para trás havia alguns séculos, na qual a bebida era fermentada a temperaturas mais elevadas (entre 13ºC e 21ºC) e posteriormente armazenadas em temperaturas mais baixas. Embora não fosse o sucesso de vendas e a queridinha da região naquele início de século XX, tanto a cervejaria quanto esta bebida, batizada posteriormente de “Kölsch”, conseguiram sobreviver os bombardeios da Segunda Guerra. Para se ter uma ideia da “sorte”, das mais de quarenta cervejarias que havia em Colônia, apenas duas seguiram em pé.

Antes tarde do que nunca, a fama viria a chegar mesmo nos anos 1980, com um aumento repentino de vendas das cervejas Kölsch em mais de 500% em menos de uma década. Conscientes do ouro líquido que tinham em mãos, foi em 1986 que 24 cervejarias de Colônia se associaram na “Convenção de Kölsch” e batizaram oficialmente este estilo único de produção, filho autêntico coloniano.

Visualmente, trata-se de uma cerveja clara (entre 3 e 6 SRM), com leve amargor (entre 18-28 IBU) e com graduação alcóolica que varia de 4,8% a 5,3 ABV. Segundo o portal norte-americano “Beer Judge Certification Program”, referência mundial no assunto, “um aroma delicado de fruta, produto da fermentação, será melhor percebido do que o aroma do malte”. Sugere-se, também, que a cerveja Kölsch seja preferencialmente consumida entre 4,5ºC e 7ºC num copo alto, cilíndrico e fino – conhecido também como Stange ou Kölsch glass.

Para um estilo que sobreviveu verdadeiramente a inúmeros percalços da História, respeito e tradição por esta cerveja é um tema de orgulho em Colônia. Por isto, se você der um pulinho pela região da Renânia do Norte-Vestefália e quiser se enturmar com o povo local, pergunte se eles servem Kölsch. Você certamente será recebido com outros olhos.

Com informações de: Craft Beer, Kegerator e Wikipédia

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Bom de copo Estilos de Cerveja

Doppelbock: Uma criação divina?

Deus escreve certo por linhas tortas, isto já é sabido. Mas teria sido Ele o grande mestre cervejeiro, num plano mirabolante e milenar, com o objetivo de criar o estilo de cerveja Doppelbock?

Voltemos ao início desta confabulação etílica: o jejum cristão – proposto no início da Quaresma como o caminho físico e espiritual de reconhecimento aos quarenta dias enfrentados no deserto por Jesus – tornou-se uma das três práticas penitenciais da tradição bíblica, ao lado da oração e da esmola. Seguindo tais valores à risca, o eremita São Francisco de Paula (1416-1507) fundou a Ordem dos Mínimos, desprezando tudo o que fosse efêmero e desnecessariamente acumulativo ao corpo e ao espírito.

Por ser amado pelos pobres e venerado pelos ricos, os monges de S. Francisco de Paula também seguiam as tradições do antigo eremita e jejuavam com certa frequência.

Okay, mas o que isso tem a ver com cerveja?

Ao contrário de Jesus que acabou multiplicando os pães para saciar sua fome e a fome de seu povo, os monges de S. Francisco de Paula da Baviera não manifestavam este poder e se nutriam durante os períodos de proibição de ingestão de comidas sólidas com cerveja. Foram eles que acabaram desenvolvendo um “pão líquido”, como era chamada a bebida fortemente alcóolica e doce – a tal da doppelbock – como uma forma de “comer sem comer”.

Trata-se, pois, de um estilo de cerveja com muita personalidade. Além de toda a história, o alto teor alcóolico (na faixa dos 7% a 10%), a escura coloração (que varia de amarelo queimado a marrom) e o pouco gosto de lúpulo conferiram à doppelbock o santificado nome de Salvator, ou “Salvador” em latim.

Para uma bebida que literalmente ajudou milhares de homens a passarem por um momento difícil de penitência, um brinde à doppelbock – nossa salvadora.

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Bom Saber Curiosidades

UMA NOTÍCIA “BRILHANTE”

Nós separamos as sete sementes de romã durante a ceia, comemos sete uvas à meia-noite e pulamos as sete ondas após os fogos, tudo isso para desejar um próspero e completo ano novo. E, embora este não tenha sido exatamente um dos pedidos que a maioria de nós fez durante a virada, pode ser que um sonho tenha finalmente se tornado realidade para nós, reles mortais: o ato de beber cerveja e não ficar de ressaca.

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Bom de copo Estilos de Cerveja

Cerveja de trigo: do solo ao copo

Para você que está acompanhando durante esta semana a nossa viagem pelo maravilhoso mundo das Weissbier, ou cerveja de trigo, e resolveu experimentar uma, aqui vão algumas dicas que podem otimizar a sua experiência como um todo. Tome nota:

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Bom de Fazer Carnes

Egészségére! – Saúde

Oi? Como é? Você pode repetir?

O título acima é uma interjeição pertencente ao idioma húngaro, da família das línguas urálicas. Aparentemente impronunciável, esse palavrão todo é usado diariamente em diversas ocasiões e pode ser traduzido como o nosso simpático “saúde!”.

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Bom de Fazer Carnes

Uma loucura de sabor

Após a divulgação do Diário de Agricultura e Química Alimentar dos Estados Unidos confirmar que carne e cerveja combinam como nunca, é hora de saborear outra iguaria da culinária nacional. Apresentamos: A carne louca com cerveja.

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Bom Saber Curiosidades

Uma união para toda a vida

Poucas coisas na vida são tão precisas e certeiras: não há nada melhor do que um final de semana de sol com os amigos e a família, regado a uma boa cerveja e acompanhada de um excelente churrasco. Não à toa, esta ligação entre a bebida e a proteína na brasa faz tanto sucesso. Se você antes achava que era uma questão de gosto, hoje podemos afirmar que é uma questão de saúde.

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Bom de copo

Vista este colar, cervejeiro!

Quando você está reunido com os amigos em uma mesa de bar, pede uma cerveja e o garçom lhe pergunta: com ou sem colarinho? A sua reação natural é:  A) “dois dedos de colarinho, por favor”; B) “sim, pode ser, obrigado”; C) “sem colarinho”; D) faz cara de paisagem e deixa o garçom decidir por você. Caso tenha optado pelas alternativas C ou D, fiel amigo cervejeiro, venha conosco!

Nenhuma outra peça na indumentária alcoólica é tão sofisticada, cheia de charme e personalidade quanto o famoso colarinho da cerveja. Embora todos já o tenhamos usado pelo menos uma vez na vida – especialmente após um dia estressante de trabalho, no qual o outro colarinho nos aperta tanto o pescoço – poucos são os que conhecem a verdadeira utilidade deste traje fino.

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Bom de copo

Cerveja de Plástico

Você já parou para pensar: por que a cerveja não é vendida em garrafas plásticas? E para, além disso, por que ela é vendida apenas em garrafas de vidro, preferencialmente escuro?

Estas são algumas dúvidas que poucos já encafifaram, justamente por estarmos tão acostumados aos vasilhames marrons e verdes, espalhados pelos bares e festas. Mas aqueles que o fizeram com certeza gastaram alguns neurônios (ou alguns minutos de busca no Google) para responder a esta questão. Então sem mais delongas:

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Bom de Fazer Doces e Sobremesas

O Brigadeiro: De Cerveja

Atenção, cervejeiro: Sentido! Está entrando na sua tela de computador um dos mais altos oficiais da culinária brasileira, o brigadeiro.

Tão popular quanto o arroz e feijão, reza a lenda que este quitute sinônimo de festa de aniversário nasceu pelos idos de 1940, em homenagem ao verdadeiro oficial da Força Aérea Brasileira, o brigadeiro Eduardo Gomes.