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Cervejoduto

No princípio era o aqueduto e o aqueduto estava com o povo. Todas as águas eram transportadas por lá, através de suas pontes exuberantes ou simples construções que traziam prosperidade, segurança e alimento às lavouras. Fosse no famigerado Império Romano, na Grécia antiga ou na dinastia Zhang de Han, no império chinês, onde havia água, haveria de ter um aqueduto. Com o tempo e a evolução tecnológica, o transporte tubular foi se sofisticando e trazendo outros importantíssimos recursos naturais, como o gás, o petróleo e – por que não? – cerveja. Isto mesmo: cerveja.

A notícia não é nova, mas pode causar espanto a quem nunca tenha ouvido falar em cidades ou regiões específicas no mundo em que encanamentos especializados levam a nossa bebida favorita direto à uma torneira sagrada. Alguns dos exemplos mais famosos atualmente se encontram na Europa: as cidades de Bruges (Bélgica), Randers (Dinamarca) e Gelsenkirchen (Alemanha) todas possuem um sistema de transporte de cerveja especializado, apelidado aqui carinhosamente por “cervejoduto”.

Por debaixo da turística e medieval Bruges, um encanamento de mais ou menos três quilômetros atravessa a cervejaria De Halve Maan e leva o líquido sagrado para o outro lado da cidade, direto à fábrica de engarrafamento sem – com o perdão do trocadilho – engarrafamento nenhum ao longo do caminho. Isto é, são 12.000 garrafas de cerveja enchidas a cada hora através deste método incomum. Segundo Renaat Landyut, então prefeito da cidade, relatou ao jornal inglês The Guardian, sua primeira reação sobre a construção do cervejoduto foi de espanto: “Oh meu Deus! Mas o que eles estão pensando?”. Mas ao perceber que isto reduziria dramaticamente o número de caminhões específicos para este tipo de transporte e a drástica diminuição de emissão de CO2 no ar, eventualmente acabou topando o projeto mirabuloso.

“Ah, mas não era bem isso o que eu estava imaginando”, deve se indagar o leitor ou a leitora, desapontado(a) com a ideia de não haver um encanamento de cerveja ligado direto com o copo do consumidor. Pode ficar tranquilo, tem mais.

A cidade de Gelsenkirchen, lar do clube de futebol FC Schalke e seus 200 mil habitantes, poderá vibrar ainda mais feliz cada partida vencida ou simplesmente afogar as mágoas nas tristes derrotas. Isto porque a Veltins-Arena, o estádio local com capacidade para 60 mil espectadores, possui exuberantes cinco quilômetros de rotas subterrâneas, recheados de canos de cerveja. Conectados com um reservatório adequado às ocasiões, são cerca de 52 mil litros da bebida despejados diretamente no copo dos fãs a cada partida. Isto é o que chamados de gol.

Se antigamente apenas os recursos mais básicos e necessários eram transportados pelos aquedutos e posteriormente aperfeiçoados com a graça da vontade humana e muita tecnologia, nós cervejeiros e cervejeiras do mundo só podemos sentir orgulho de contribuir com esta demanda por soluções mais práticas, energicamente limpas e divertidas.

Por fim, uma coisa é certa: nunca se esqueça de fechar a torneira. Consumo bom é um consumo com responsabilidade.

Com informações de: Broken Secrets, SCM Transportation, The Guardian e Wikipédia

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Faça Cerveja, Não Faça Guerra: Um Oktoberfest na Palestina

Um judeu de Israel, um cristão do oriente e um muçulmano da Palestina reunidos ao redor de um chope: a imagem pode parecer ficção, mas trata-se da realidade do Oktoberfest de Taybeh, um vilarejo bíblico milenar situado a uns 30 km ao norte de Jerusalém —

Encravada sobre uma colina rodeada de campos de oliva, a pequena Taybeh é o último local considerado inteiramente cristão dentro dos territórios palestinos ocupados (incluindo a Cisjordânia e a faixa de Gaza). Todos os anos no começo do outono, cerca de quinze mil pessoas do mundo inteiro vão à Taybeh só para participar do festival. No programa tem-se: degustação de cerveja artesanal durante o dia e shows de música à noite, tudo dentro de um ambiente amigável e descontraído. À primeira vista, não é possível diferenciar este Oktoberfest dos outros festivais homônimos espalhados na Alemanha e no resto do mundo.

A emissora de televisão francesa Canal+, na época cobrindo a 12ª edição do evento numa reportagem emocionante, trouxe luz à uma realidade distinta da habitual retratada zona de conflito, na qual a menor das manifestações culturais ganha necessariamente uma dimensão política e/ou polêmica. Para os organizadores, o festival surge como uma resistência pacífica ao conservadorismo religioso e, sobretudo, à ocupação israelense.

Pioneiros da cerveja palestina

A origem deste Oktoberfest se encontra na família Khoury. Vivendo uma vida de refugiados em Massachusetts, nos Estados Unidos, os dois irmãos Nadim e Davd Khoury decidem voltar à Taybeh, sua cidade natal, durante os acordos de paz de Oslo em 1993. Estimulados pelo pai, eles decidem concretizar um projeto que até então era impossível: abrir sua própria cervejaria artesanal na Palestina.

Em 1994, após obterem uma autorização pessoal de Yasser Arafat (presidente da Autoridade Palestina na época), os Khoury investiram mais de 1 milhão de dólares na criação da cervejaria Taybeh, que daria luz à primeira cerveja de mesmo nome no ano seguinte.  Segundo o portal RateBeer, a cervejaria já conta com 12 variedades da bebida.

Hoje em dia, os filhos Canaã e Madis assumiram grande parte do negócio, tornando Madis provavelmente a única mulher produtora de cerveja em todo Oriente Médio. A empresa familiar produz cerca de 600 mil litros de cerveja por ano e atualmente exporta para uma dezena de países do Ocidente.

Uma vez que a publicidade alcóolica é completamente proibida nos territórios ocupados, os Khoury optaram por uma via local, no boca a boca, replicando a célebre fórmula alemã da Oktoberfest para promover sua marca. Para esta família, este festival representa também a chance de atrair os olhos da comunidade internacional para a diáspora dos cristãos no Oriente e as ameaças religiosas que eles enfrentam por lá.

Apesar das diversas dificuldades que eles encontram ao longo do caminho, incluindo a escassez de água para produção de cerveja no meio do deserto, a excessiva taxação do produto pelo governo local, os embates e barreiras religiosas que eles têm que enfrentar todos os dias, os Khoury continuam a prosperar graças ao seus próprios esforços e ao festival de cerveja. Segundo Maria Khoury, a escrivã da família: “num ambiente onde não se sabe jamais o que o amanhã nos reserva, reunir-se neste festival é a única certeza do próprio amanhã”.

*Texto original publicado por Rue89Lyon, de autoria de Vincent Grange. O conteúdo foi traduzido e adaptado para o portal Bom de Beer.

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Aplicativos de Cerveja

Com um mundo de possibilidades literalmente na palma da sua mão, os celulares smartphone se tornaram hoje uma ferramenta poderosa de comunicação, acesso à informação e diversão em tempos de ócio (ou procrastinação…). Para um bom bebedor, meia conexão basta: ao toque de alguns ícones, você poderá se tornar um grande mestre cervejeiro no conforto do seu lar ou enquanto espera aquele ônibus demorado. Abaixo, aqui vão as nossas 5 sugestões de aplicativos indispensáveis para quem é um amante de cervejas:

Untappd

Disponível para os sistemas iOS e Android, o Untappd (trocadilho em inglês com as palavras “destapado” e “aplicativo”) é uma mistura de rede social e serviço local. Com ele, é possível ler avaliações de bares e cervejas em milhares de lugares ao redor do mundo, consultar o seu histórico de consumo e a localizar amigos na região que estejam dispostos a dividir uma gelada com você.

Prós: Totalmente grátis.

Contras: disponível, por enquanto, apenas em inglês.

Qual cerveja compensa?

Atire a primeira pedra quem nunca ficou parado frente a um corredor imenso, cheio de opções de cerveja, calculando mentalmente qual dentre aquelas garrafas, latinhas ou latões valiam seus últimos parcos reais de fim do mês? Deixe que o app “Qual cerveja compensa?” faça as contas por você. Basta colocar os preços correspondentes ao formato do produto e voilà!, num passe de mágica o seu melhor instrutor financeiro lhe informará qual daquelas cervejas desejadas está mais em conta em relação ao seu tamanho. Disponível para os sistemas Android e Windows Phone.

Prós: Totalmente grátis e em português.

Contras: não disponível para iOS.

BJCP Brasil

Quer se tornar um mestre cervejeiro sem sair de casa? A versão traduzida do aplicativo BJCP conta com uma incrível base de dados da famosa organização norte-americana sem fins lucrativos, a Beer Judge Certification Program, “formada para promover alfabetização cervejeira e apreciação da verdadeira cerveja, e para reconhecer habilidades na degustação e avaliação de cervejas”. Com mais de 1 milhão e 400 mil cervejas julgadas por gente séria ao redor do mundo, é quase impossível que a sua futura escolha não esteja catalogada. Disponível para os sistemas Android e iOS.

Prós: Totalmente grátis e em português.

Contras: o aplicativo em português conta com a base de dados do ano de 2015.

Litrão GO

Ironizando o mundialmente famoso aplicativo de caça aos monstrinhos da franquia japonesa, o Pokémon GO, esta versão brasuca tem apenas um objetivo: fazer o seu dinheiro valer. Basta acionar o Litrão GO onde quer que esteja, que o app irá rastrear os estabelecimentos mais próximos à sua localização e informar que tipo de cerveja está disponível nestes locais e por quanto eles estão vendendo o produto. Disponível para os sistemas Android e iOS.

Prós: totalmente grátis e fácil de usar.

Contras: costuma funcionar melhor em grandes áreas urbanas.

Beer Pong Tricks

Se o seu objetivo é matar o tempo enquanto os ponteiros do relógio custam a passar e o happy hour não chega, este aplicativo é perfeito para você. Com um único intuito de fazê-lo se divertir, o Beer Pong Tricks contará muito mais com sua habilidade manual do que propriamente com seus conhecimentos sobre o mundo cervejeiro. Disponível para Android e iOS.

Prós: diversão garantida para crianças de 0 a 99 anos.

Contras: joguinho viciante.

E você, sentiu falta de algum aplicativo essencial para um bom apreciador de cerveja que não está na lista? Mande a sua sugestão para nós.

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A cerveja bebível mais velha do mundo

Duas notícias desta década chamam a atenção por sua peculiaridade e similaridade: a primeira, divulgada em julho de 2010, relata um naufrágio de um navio que continha uma carga líquida, ainda intacta, datada do início de 1800; a segunda, trata-se de uma limpeza de um porão numa das cervejarias mais tradicionais da Dinamarca onde acabaram encontrando um tesouro peculiar, guardado em meio à bagunça. O que estas duas notícias têm em comum? Cerveja.

Pois vamos por partes.

No meio do Mar Báltico, situado no golfo entre a Finlândia, Suécia e a Estônia no norte da Europa, havia um navio. Mas não um navio qualquer. Sob 50 metros de profundidade congelante no arquipélago de Åland (pronuncia-se “Ôland”), foram encontradas 145 garrafas com a bebida (ainda tragável) mais velha do mundo, datadas possivelmente entre os anos de 1800 e 1830. A princípio, os pesquisadores acreditaram se tratar de champanhe, mas qual foi a surpresa quando estas garrafas revelaram ser a nossa querida bebida favorita.

Segundo Annika Wihelmson, do Centro de Pesquisa Técnica da Finlândia, quatro especialistas em cerveja foram consultados na ocasião e afirmaram que: “de fato tinham um sabor velho, o que não é nenhuma surpresa, com algumas notas de defumado. Mas a cerveja é bem ácida, o que indica algum tipo de fermentação na garrafa, resultando nesta acidez”. Dali, segundo a própria pesquisadora, foi possível comparar os diferentes DNAs e leveduras, com a finalidade de reproduzir a bebida tragável mais velha do mundo.

Alguns anos depois, e um pouco (mais não muito) ao sul da Finlândia, funcionários de uma cervejaria na Dinamarca, estavam limpando os porões quando descobriram por acidente uma garrafa de cerveja de 1883. Mas ao contrário dos finlandeses (e talvez por conta da escassa quantidade), os dinamarqueses levaram a única amostra que tinham em mãos diretamente para o laboratório – e não para o bar.

Segundo Erik Lund, “ninguém acreditou que era possível termos encontrado e para a surpresa de todos, havia sim leveduras vivas nesta mesma garrafa”. Com este pouco e raro contato com seres vivos do século XIX, foi possível replicar cerca de 600 garrafas à moda (bem) antiga com o material encontrado, cujos fundos irão diretamente para o Centro Internacional da Ciência de Elaboração de Cerveja da Universidade de Notthingham.

Para concluir, Erik Lund afirma: “estou realmente empolgado com a possibilidade provar uma lager que os nossos antepassados beberam, reconhecida mundialmente como um marco de qualidade neste tipo de bebida”.

A nossa pergunta fica no ar é: será que panela velha faz cerveja boa? Se assim o for, estamos salvos.

Com informações de BBC e The Mirror

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Os benefícios da cerveja para o coração

Segundo estudo recém divulgado na publicação científica austríaca Wiener Klinische Wochenschrift (“Semanal Clínico de Viena”, em português), um consumo moderado de álcool reduz o risco de aterosclerose – ou seja, pode fazer bem para o seu cérebro e coração.

De acordo com o portal Minuto Saudável, a aterosclerose é uma “formação de placas de gordura e tecido fibroso nas paredes internas das artérias, causando obstruções que impedem o fluxo sanguíneo. Trata-se da principal causa de infartos, acidentes vasculares e doença arterial periférica”. Por se tratar de uma doença assintomática, que não se apresenta efeitos colaterais antes de sua iminência, a aterosclerose só é descoberta na maior parte dos casos quando surge algum tipo de complicação – como por exemplo o próprio enfarto. Trata-se de uma doença silenciosa que afeta mais os homens do que as mulheres.

No Brasil, esta tendência masculina é invertida. Publicado no portal oficial do governo, estima-se que 300 mil brasileiros irão padecer de alguma doença vascular em 2018, sendo as mulheres representando 60% deste número total.

De volta ao estudo “Uma Meta-Análise Sobre os Efeitos do Lipídio e Inflamação”, publicado no semanal vienense, os pesquisadores analisaram 31 experimentos, totalizando 1250 pacientes ao redor do mundo, e concluíram que o consumo moderato de álcool têm impactos positivos sobre os biomarcadores que indicam estas possíveis doenças mencionadas acima: ele reduz o LDL (lipoproteína considerada “mau colesterol”) e aumenta o HDL (lipoproteína considerada “bom colesterol”) no sangue.

Se você está se perguntando, assim como nós, o “quanto seria um consumo responsável”, estima-se – em média – 12,5 g de álcool por pessoa / dia. Em termos práticos do dia a dia, isto seria o equivalente a mais ou menos 2 copos de chope.

Por isso, fica a dica: beba com responsabilidade para seguir bebendo por uma longa e boa vida.

Com informações de: Beer & Health, Governo do Brasil e Minuto Saudável

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12 festivais de cerveja para você participar em 2018

O seu objetivo de vida é poder provar todas as cervejas do mundo? Embora tecnicamente impossível, podemos dar o caminho das pedras para você começar a ir atrás deste objetivo utópico em grande estilo. Abaixo, listamos 12 festivais internacionais de cerveja, um em cada canto do mundo, para você riscar da sua lista o melhor deste ouro líquido.

Great Alaska Beer & Barley Wine Festival

Onde: Anchorage, Alasca (EUA)
Quando: 19 e 20 de janeiro de 2018
Recomendado para: os beberrões de coração forte. Enfrentar o inverno do Alasca será um desafio e tanto, mas uma prova de amor à cerveja, num ambiente praticamente marciano, com temperaturas frequentemente abaixo dos -10ºC.

Brugs Bierfestival

Onde: Bruges, Bélgica
Quando: 03 e 04 de fevereiro de 2018
Recomendado para: o cervejeiro clássico que deseja conhecer a Bélgica, o paraíso das cervejas mundiais.

Melbourne Beer Festival

Onde: Melbourne, Austrália
Quando: 03 de março de 2018
Recomendado para: quem não tem medo de avião, o evento reúne as melhores confecções da cervejaria australiana e pode ser a sua chance de provar uma gelada da Ilha da Tasmânia, rara por estas bandas de cá.

Great Las Vegas Festival of Beer

Onde: Las Vegas, Estados Unidos
Quando: 06 e 07 de abril de 2018
Recomendado para: os grandes apostadores. Além da possibilidade de desbravar mais de 500 tipos de cervejas produzidas artesanalmente, esta pode ser a sua chance de sair mais rico do que chegou e, quem sabe, voltar de primeira classe para casa.

Dark Lord Day

Onde: Chicago, Estados Unidos
Quando: 19 de maio de 2018
Recomendado para: quem não tem medo do capeta. Batizado de “Dia do Senhor das Trevas”, este festival comemora a produção artesanal de uma Imperial Stout vendida exclusivamente durante este dia, além de uma vasta reunião de outros nomes na produção norte-americana.

Mondial de la Bière

Onde: Montreal, Canadá
Quando: 06 a 09 de junho de 2018
Recomendado para: quem ama uma multidão. O maior festival de cerveja do Canadá reúne mais de 100.000 participantes num gigantesco galpão e apresenta mais de 600 marcas diferentes do mercado canadense e mundial.

O Mondial de la Bière também tem sua edição brasileira, tradicionalmente em outubro, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, com diversas cervejarias brasileiras.

Bauernfest

Onde: Petrópolis, Rio de Janeiro
Quando: 22 de junho a 1 de julho de 2018
Recomendado para: quem quer descobrir as tradições e a cultura germânica no Brasil. A tradicional festa alemã irá comemorar o 30º festival em 2018. Taí uma boa chance de aproveitar o inverno em alto estilo.

Qingdao International Beer Festival

Onde: Qingdao, China
Quando: duas semanas do mês de agosto, a confirmar
Recomendado para: quem busca o inusitado. A China não é exatamente o primeiro país que vem à mente quando o assunto é cerveja, mas o Qingdao Internacional Beer Festival é o maior festival de cerveja da Ásia e reúne centenas de milhares de turistas, apreciadores da bebida e comerciantes do mundo todo.

Oktoberfest

Onde: Munique, Alemanha / Blumenau, Brasil
Quando: 22 de setembro a 07 de outubro de 2018
Recomendado para: quem nunca foi num festival de cerveja. O clássico dos clássicos, o rei dos festivais, o berço de um bom apreciador de cerveja: o Festival de Cerveja de Munique, mais conhecido como o Oktoberfest é uma experiência única, imperdível e surpreendentemente antigo: ano que vem, comemora-se a 185ª edição.

Se a grana estiver curta, opte pela versão brasileira do maior festival germânico em solo nacional. O Oktoberfest Blumenau 2018 acontece em outubro e inclui diversas atrações, como grupos folclóricos germânicos, chope de metro e desfiles próprios.

Pilsner Fest

Onde: Pilsen, República Tcheca
Quando: 06 de outubro de 2018
Recomendado para: quem quer beber direto da fonte. Localizado no coração do país que mais consome cerveja no mundo, além de ser o berço do estilo Pilsen, o Pilsner Fest pode ser uma opção de roteiro para quem quer realizar uma viagem completa pela Europa em busca das mais tradicionais cervejarias do planeta.

Cape Town Festival of Beer

Onde: Cidade do Cabo, África do Sul
Quando: novembro de 2018, datas a serem confirmadas
Recomendado para: quem busca sabores novos. Assim como o festival chinês, o Cape Town Festival of Beer pode ser uma excelente oportunidade àqueles que buscam novos olhares para o vasto mundo da cervejaria internacional. Com premiações que variam de “melhor lager” à “melhor cidra”, o(a) brasileiro(a) ficará surpreso(a) com a qualidade dos produtores dos nossos vizinhos além-mar.

Festival Sul-Americano de Cerveja

Onde: Porto Alegre, RS
Quando: dezembro de 2018, datas a serem confirmadas
Recomendado para: quem quer conhecer melhor a produção dos hermanos. Num final de semana repleto de atrações, o público brasileiro poderá se aventuras nas grandes confecções da cervejaria sul-americana e provar as iguarias vizinhas durante os dois dias do festival.

E você, em qual festival está pensando em ir? Além destes, você incluiria algum que não está na lista? Deixe seu comentário.

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Uma questão de sono

Você é do tipo que vira a cara apenas ao ler as seguintes palavras: “cerveja sem álcool”? Pois saiba que ela pode ter um gostinho de quero mais, especialmente nesta época do ano em que estamos todos cansados, desesperados por algumas horinhas de sono a mais.

Segundo estudo publicado em 2012 por pesquisadores da Universidade de Estremadura, na Espanha, o consumo moderado de cerveja não-alcóolica antes de dormir poderá render um sono de melhor qualidade. De acordo com a pesquisa, o lúpulo presente na cerveja junto aos polifenóis nela presente, como o mircenol e o xantumol, reagem no corpo como sedativos naturais. Por “consumo moderado”, estima-se até 330 ml para as mulheres e 660 ml/dia para os homens.

Para chegarem a esta conclusão, 31 alunos da universidade foram submetidos a entrevistas e testes, incluindo o Questionário de Sono Pittsburgh, que avalia matematicamente os resultados de um grupo de perguntas especificamente elaboradas para assuntos do sono e traz resultados mensuráveis à pesquisa. Como condição, os alunos estudados tinham que estar sob relativo estresse, durante os exames finais de semestre.

Após uma semana de rotina normal, os alunos passaram a ingerir uma lata de cerveja sem álcool no jantar durante duas semanas seguidas. Segundo os resultados observados na pesquisa, tanto os índices de latência de sono (tempo entre vigília e sono total), quanto os índices de estresse mensurados caíram significativamente.

Para além da cerveja sem álcool, o estudo abre precedentes para os efeitos de tratamentos fitoterápicos e os benefícios do lúpulo como possíveis tratamentos de distúrbios do sono. Por este motivo, mas não apenas ele, dê chance a sua amiga sem álcool. Ela poderá ser a sua companheira para uma longa e boa noite neste fim de ano.

Fonte da informação: Revista Espanhola de Nutrição Comunitária

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+3 Rótulos de Cerveja Hilários, Sugeridos pelos Leitores

Os consumidores de cervejas especiais que o saibam: batizar uma cerveja pode ser uma tarefa e tanto. Um simples título poderá mudar totalmente o perfil do consumidor e a relação da determinada com o mercado que ela se encontra.

No nosso último post sobre o assunto, selecionamos 10 rótulos de cerveja com os nomes mais hilários no mundo cervejeiro. Entre risos histéricos e alguns risos nervosos, nossos leitores sugeriram uma enxurrada de títulos igualmente engraçados e inusitados. Confira abaixo, +3 rótulos de cerveja hilários, sugeridos pelos leitores.

E por falar em risadas – Toma Rindo (Tamarindo)

Estilo: Saison
Teor alcóolico: 7,5% ABV
Sobre o nome: Atire a primeira pedra o brasileiro ou a brasileira nascido nos anos 80 e 90 que, durante a infância, viu e reviu (e re-reviu) a turma de Chaves e sempre se perguntou qual seria o gosto do suco de tamarindo, vendido pelo pé rapado protagonista em busca de uns trocados.

Meu nome é Blonde, James Blonde

Estilo: Belgian Ale
Teor alcóolico: 6,7% ABV
Sobre o nome: Ícone dos filmes de ação, James Bond o homem mais charmoso – e quiçá o mais letal – deste mundo ganhou diversas homenagens ao longo de sua existência. Hoje, esta Belgian Ale revisita o aspecto “loiro” do espião inglês e traz uma encorpada alcóolica a sua existência.
Vade retro Satanás – Diabólica 6,66%

Estilo: IPA
Teor alcóolico: 6,66% ABV
Sobre o nome: O título já diz tudo. Com uma graduação alcóolica exatamente igual ao número da besta, a diabólica veio para conquistar os mercados de uma forma, digamos, divertida e pouco usual.

E você? Conhece algum rótulo / título de cerveja engraçado? Mande sua sugestão para nós, quem sabe ela não aparece na próxima seleção do Bom de Beer!

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Prêmio Líquido

Você sabia que na longínqua e fria e Finlândia, país do norte da Europa encrustado entre a Rússia e a Suécia, os homens costumavam carregar suas mulheres nos ombros quando tinham que fugir de um predador natural no período da Pré-História? Isto seria incrível, se não fosse mentira.

O eukonkanto – ou carregamento de esposa, em português – é na verdade uma modalidade esportiva muito mais recente do que se poderia crer. Ao contrário da nossa romântica imaginação, na qual estereotipamos um homem das cavernas barbudo e cabeludo fugindo de um urso polar com uma mulher sobre os ombros, o Campeonato Mundial de Carregamento de Mulheres nasceu há apenas 25 anos, em 1992, na cidade de Sonkajärvi – Finlândia. Hoje, com o apoio do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Rural da União Europeia, trata-se de um dos mais divertidos – e quiçá inusitados – esportes modernos.

As regras são simples: a pista oficial de corrida deve possuir exatos 253,5 metros de comprimento, com dois obstáculos secos e um obstáculo úmido, de no máximo 1 metro de profundidade. Todas as mulheres devem ter pelo menos 17 anos completos e pesar acima de 49 quilos. Caso a sua esposa seja mais magrinha, não se preocupe: é possível complementar seu peso com uma mochila especial. Os casais são dispostos para correr no mesmo local e aquele, dentre todos os participantes, que carregar sua amada mais rápido vence o Mundial. Detalhe: o prêmio deste divertido campeonato é pago em cerveja. Sendo mais do que justos estes finlandeses, para cada quilinho da dama, um litro de cerveja será depositado no troféu de ouro da dupla.

Trata-se, pois, de uma boa notícia para o casal hexacampeão Taisto Miettinen e Kristiina Haapanen, atuais vencedores de 2017. Em apenas 68 segundos, este atleta-barra-advogado-barra-licenciado em Economia-barra-político foi o homem mais rápido dentre os 50 outros casais participantes e pôde comemorar, com um belo de um brinde em dupla, sua mais nova conquista atlética e etílica.

Como dizem os finlandeses: kippis! – ou – saúde!

Com informações de: Eukonkanto

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Eis o Homem-Cerveja

Talvez você não tenha percebido, mas uma mudança muito pequena e gradativa está ocorrendo no seu corpo neste exato momento, enquanto você lê este texto. É uma mudança que envolve você como um todo, transformando-o a cada dia num ser diferente. O grande responsável por esta mudança? Um gole de cerveja.

Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv lançaram um estudo sobre como cada tipo de bebida, entre elas o café e a cerveja, não só alteram o comportamento do ser humano em suas relações sociais, mas como também são responsáveis por mudanças gradativas – e permanentes – no DNA do Homem. Em linhas gerais, para além do “estimulante” (café) e do “relaxante” (cerveja), estas bebidas irão reescrever certas partes do seu genoma, alterando o futuro das suas células. Para o bem e para o mal.

O estudo conduzido em 2013 pelo professor Martin Kupiec e sua equipe do Departamento de Microbiologia Molecular da Universidade de Tel Aviv identificou que as bebidas mencionadas alteram o comprimento dos telômeros. Para nós, leigos, os telômeros são basicamente a pontinha de DNA de nossos cromossomos, responsáveis por transmitirem toda a nossa carga genética adiante. Ainda mais, os telômeros são identificados como os responsáveis pelo nosso relógio biológico (duração da vida do ser humano) e surgimento de doenças, como o câncer. Neste sentido, o comprimento do telômero diz respeito ao quanto uma determinada célula ainda pode se duplicar, gerando novos cromossomos e novas células a partir de seu original. Quanto menor o telômero, “mais copiada” esta célula já foi. E quanto mais copiada, mais “velha” ela é. Eventualmente o telômero fica curto demais para se duplicar e essa célula morre.

Utilizando-se de fermento biológico como cobaias, os pesquisadores aplicaram 12 tipos de estressores sobre estes micro-organismos, fazendo constar que, dentre alguns outros estressores (como uma pequena infusão de cafeína e a variação de temperatura e pH), a cerveja foi identificada como um fator de aumento do telômero. Neste quesito, ponto positivo para a cevada e para a cafeína.

De acordo com o estudo, a grande maioria dos genes que sofreram alguma interferência, seja de encurtamento ou alongamento nos telômeros, estão presentes no corpo humano. Nas palavras de Martin Kupiec, “o que aprendemos aqui pode contribuir, um dia, para a prevenção e tratamento de doenças humanas.” Enquanto o laboratório estuda provar esta relação causal, o professor recomenda apenas uma coisa: “relaxar, beber um pouquinho de café e cerveja”.

Com informações de Science Daily e American Friends of Tel Aviv University