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Cerveja: uma amiga para toda a vida

Você mulher, entre 18 e 99 anos, já pode dar adeus às desculpas esfarrapadas que vinha dando aos outros – e principalmente a si mesma – na hora de tomar uma cerveja gelada. Segundo a publicação “Benefícios do consumo moderado de cerveja nas diferentes etapas da vida da mulher”, divulgada em junho de 2015 por médicos da Faculdade de Medicina da Universidade Autônoma de Madri e do Hospital Universitário Puerta de Hierro, na Espanha, a bebida pode trazer inúmeros benefícios à saúde da mulher, durante todas as etapas de sua vida adulta.

O texto oferece referências de outros estudos médicos e esmiúça o efeito de um consumo moderado de cerveja durante cinco etapas na vida de uma mulher, são elas: “gravidez e gestação”, “gestação e lactância”, “menopausa e envelhecimento”, “osteoporose” e “enfermidades neurodegenerativas”. Para cada etapa, observa-se uma correlação positiva no consumo moderado e a diminuição de efeitos indesejáveis, decorrentes de processos naturais do corpo.

A premissa de que a cerveja é uma bebida natural com baixa graduação alcoólica, sem gorduras e com uma quantidade importante de hidratos de carbono, vitaminas e proteínas, ajuda a entender – através de uma linguagem coloquial – sua relação, por exemplo, com a prevenção de patologias associadas à baixa de estrógenos durante a menopausa, ou como a osteoporose pode ser combatida com a maior ingestão de silício, presente na bebida, além do cálcio e da vitamina D, fundamentais para a formação de ossos mais fortes e saudáveis.

O estudo traz um resumo daquilo que se tem observado durante os últimos anos em relação à cerveja, relembrando sempre que se trata de um consumo moderado, consciente. Por isso, se alguém vier perguntar alguma coisa, com o dedo em riste e apontando para o seu copo, você já sabe a quem recorrer: esta cerveja aqui? Palavra de médico.

Com informações de: Aulamedica.es

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Sede de exercício

Pergunta: quem veio primeiro – a sede de cerveja após o exercício ou a sede de exercício após algumas cervejas? Resposta: não se sabe exatamente quem veio primeiro, mas uma coisa é certa, quanto mais cerveja mais exercício. Nas palavras de Michael French, Ph.D. em Economia pela Boston College e professor de Economia da Saúde na Universidade de Miami (EUA), “usuários de álcool não apenas se exercitam mais que os abstêmios, como também se exercitam mais conforme bebem mais”.

Ele e sua equipe analisaram os dados de mais de 230.000 americanos, coletados pelo telefone durante o período de um ano. Descobriu-se que, entre as mulheres, aquelas que bebiam realizaram, em média, 7.2 minutos a mais de exercícios semanais em relação àquelas que não bebiam. Com relação à quantidade de bebida ingerida, outra surpresa: bebedores leves, moderados e intensos se exercitaram, respectivamente, 5.7, 10.1 e 19.9 minutos a mais por semana. Resultados similares foram observados para o sexo masculino. 

Segundo o próprio fundador do estudo, Micheal French: “existe uma forte associação em todos os níveis de consumo alcoólico e atividade física, seja ela moderada ou vigorosa. Entretanto, estes resultados não sugerem que as pessoas devam utilizar o álcool para aumentar seus programas de treinamento, uma vez que este estudo não foi feito para determinar se o consumo de álcool aumenta a quantidade de exercícios realizados”.

Beber com responsabilidade e praticar atividades físicas regularmente é o segredo para se viver mais e melhor. Em outras palavras, ser saudável é também ser – pelo menos um pouco – feliz.

Com informação de: Science Daily e Universidade de Miami.

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São Paulo recebe a segunda edição do Mondial de la Bière

De 30 de maio a 2 de junho a cidade de São Paulo recebeu a segunda edição do Mondial de la Bière, festival internacional de cervejas artesanais que reúne fabricantes, distribuidores e importadores. Sucesso idealizado no Canadá há 25 anos, o Mondial de la Bière acontece desde 2013 no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro. No ano passado, a capital paulista também ganhou uma edição do evento, repetindo a realização em 2019 com sucesso.

Na edição paulistana participaram mais de 80 cervejarias e 600 rótulos. Novos sabores e inovações tecnológicas se destacaram, e o estilo Sour, as cervejas ácidas e os envelhecidos em barris de destilados foram os mais procurados pelo público.

Já os fabricantes participaram da MBeer Contest Brazil, competição das melhores cervejas expostas. Um júri composto por profissionais nacionais e internacionais fizeram provas às cegas, sem qualquer informação sobre os rótulos concorrentes. A Brassaria Ampolis, cervejaria que homenageia o humorista Mussum, fundada pelo filho do humorista, Sandro Gomes, e pelo publicitário Diogo Mello, foi uma das premiadas com a cerveja Ditriguis, vencedora da medalha de ouro. Ela é uma witbier de trigo, com zest de laranjas e um toque de pimenta-da-Jamaica.

As noites do Mondial de la Bière foram animadas por shows de diversos estilos musicais. Uma área com 15 food trucks também estava à disposição do público. Outro destaque foi o Mondial Arena, área com bate-papos sobre o mercado cervejeiro. Entre as conversas realizadas nos quatro dias de evento, o engenheiro agrônomo Guilherme Francarolli falou com o público sobre o conceito das cervejarias artesanais.

Além das centenas de rótulos, os visitantes puderam conhecer produtores na área Mondial Craft Village. Café, gim, queijos, embutidos e outros artigos podiam ser consumidos no evento ou levados para casa, prolongando a experiência. 

No encerramento foi divulgada a foto vencedora do concurso cultural #CERVAPORSP, uma parceria do Mondial de la Bière com o São Paulo City, projeto que divulga os melhores eventos e atividades da capital paulista, com dicas de gastronômicas e culturais. O concurso teve como objetivo mostrar a interação entre a cerveja e a cena urbana a partir da fotografia. Durante o festival, dez fotos selecionadas foram expostas e receberam a votação do público. O clique vencedor foi de Marilsa Bulhões, que captou um pôr do sol acompanhado de uma cerveja artesanal.

Agora o público cervejeiro entra na contagem regressiva para a sétima edição carioca do Mondial de la Bière, que acontece entre 4 e 8 de setembro, no Pier Mauá. 

Confira as fotos: bit.ly/2J8RKKP

Créditos nas fotos: Divulgação Mondial de La Bière / Documennta Comunicação

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Como a cerveja ajudou a criar um país

Reinos distantes, muita guerra, traição e a ambição de conquistar o poder acima de tudo: esta história poderia até ser uma temporada da série Game of Thrones, com uma única diferença que, ao invés de dragões, os mestres da República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos utilizaram cerveja para conquistar a sua independência.

 O ano era 1568, naquela época os territórios da atual Holanda, Bélgica e Luxemburgo pertenciam ao Império Espanhol e eram comandados pelo Rei Felipe II, oriundo da mais alta casta familiar europeia, a Casa de Habsburgo. Entre outras diferenças importantes, o rei espanhol era católico enquanto os habitantes dos Países Baixos eram protestantes. Para além disso, os territórios ocupados pelos espanhóis reclamavam da alta cobrança de impostos do Sul, o que gerou naquele ano uma revolta das províncias do Norte contra o rei católico.

O que parecia ser uma causa ganha, na disputa do então maior império do planeta contra algumas poucas províncias protestantes no norte da Europa, acabou se tornando uma guerra que perduraria quase um século, conhecida como a Guerra dos 80 Anos. Entre muitas idas e vindas, alianças entre as províncias do norte que desencadearam na independência da atual Holanda e posterior formação da Bélgica, os pequenos países do Norte contaram com dois fatores muito importantes para ganhar essa batalha contra o grandioso Império Espanhol: a ajuda dos reinos da Inglaterra, Escócia e França e… a cerveja!

Segundo os pesquisadores da Universidade de Leuven (Bélgica), em seu estudo “Como a cerveja ajudou a criar a Bélgica (e a Holanda): a contribuição dos impostos em cerveja para o financiamento bélico durante a Revolta Holandesa”, a Espanha havia subestimado a capacidade de resiliência dos povos protestantes, especialmente enquanto o próprio reino espanhol tinha dificuldades em pagar suas tropas em combate. Vamos por partes.

De acordo com a publicação acima, o reino da Espanha arrecadava uma quinta parte (20%) de toda a extração de prata da América, o que lhe conferia, a priori, fundos muitos superiores a dos Países Baixos. No entanto, a região onde hoje se encontra a Bélgica e a Holanda taxavam em 19% toda a produção  e consumo de cerveja local. Para se ter uma ideia, esta tática de mestre equivaleu a quase um terço de tudo o que a Espanha arrecadou em prata no mesmo período durante a Guerra dos 80 Anos. Enquanto uns ganhavam com a prata, outros ganhavam com a cerveja.

Na época, tomar cerveja não era apenas um luxo, era também questão de saúde pública. Por conta da fermentação e do lúpulo que ajudam a matar os microrganismos presentes na água, e sem um sistema de saneamento básico como temos hoje em dia, a vida na Europa no século 16 girava bastante ao redor do álcool caso você não quisesse adoecer. Desta maneira engenhosa, o governo holandês conseguiu arrecadar fundos suficientes, manter-se na disputa e dar a volta por cima do Império Espanhol em 1648, com a assinatura do Tratado de Münster.

 Com o tratado de paz, a Holanda se tornou um país independente da Espanha e os territórios do sul, tal qual foram divididos na assinatura do acordo, posteriormente se tornaram a Bélgica e Luxemburgo. Embora não diretamente, a cerveja acabou criando duas nações no planeta que, não à toa, hoje se orgulham de suas produções locais, sendo referência deste tipo de bebida no mundo todo.

Com informação de: “How beer created Belgium (and the Netherlands): the contribution of beer taxes to war finance during the Dutch Revolt” (Artigo publicado por Koen Deconinck, Eline Poelmans & Johan Swinnen no portal Taylor & Francis Online); The Conversation e Wikipédia

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A Cervejaria Mais Antiga do Mundo – Parte 2

No mês passado, nós comentamos sobre a cervejaria mais antiga do mundo em atividade, com impressionantes 1.200 anos de funcionamento no sul da Alemanha, no antigo mosteiro de Weihenstephan. Hoje, trazemos a cervejaria mais antiga do planeta que se tem conhecimento, cuja idade, além de arrepiar, traz profundas descobertas sobre a dieta do Homem e sua relação com a agricultura.
Uma equipe de arqueólogos da prestigiada universidade norte-americana de Stanford, liderada pela pesquisadora chinesa Li Liu, encontrou em setembro do ano passado o “registro mais antigo de confecção de bebida alcóolica” que se tem conhecimento numa caverna em Israel – a produção, segundo a equipe, data os mirabolantes 13 mil anos de idade.
A caverna de Rakefet, lar dos antigos povos natufianos, onde hoje se localiza a região de Haifa, reabre a discussão que sempre permeou o meio acadêmico sobre o consumo de bebidas alcóolicas: aparentemente a cerveja não é um resultado da sobra da produção agrícola, mas um item tão antigo quanto o próprio pão. Nas palavras da pesquisadora: “esta descoberta indica que a produção etílica não era necessariamente o resultado de um excedente agrícola, mas era feito para propósitos ritualísticos e de necessidades espirituais, o que, de certo modo, é anterior à agricultura”.
Curiosamente, o grupo de arqueólogos não estava em busca de tal novidade, foi por acaso que encontraram essa fascinante descoberta. O objetivo inicial da pesquisa era compreender a dieta dos povos epipaleolíticos, daqueles homens e mulheres que viveram logo após o fim da Era do Gelo. Ao longo das análises das rochas, foram encontrados traços de produção alcóolica a partir de cereais como o trigo e a cevada.
Com as evidências encontradas no local, os pesquisadores puderam reconstituir o que seria a cerveja daquela época, o que também indica, além do aspecto, uma bebida com outros tipos ingredientes e de teor menos alcoólico. Diferentemente da cerveja que estamos acostumados a beber hoje em dia, com um líquido fino e filtrado, o processo trifásico e sem filtragem desta protocerveja resultava numa espécie de mingau alcóolico.
Segundo Jianjing Wang, doutoranda do Departamento de Línguas e Culturas Orientais da Universidade de Stanford e coautora do estudo, o fato desses achados terem sido descobertos no cemitério local indica não só a importância que a cerveja tinha para o antigo povo natufiano em seu dia a dia, como indica o elo entre que estes caçadores possuíam com seus ancestrais. Nas palavras da autora: “a confecção de cerveja era parte integral dos rituais e das festividades – mecanismos sociais regulatórios em sociedades hierárquicas”.
Uma conexão divina, um mecanismo de calibragem social e um motivo para festa: que a cerveja continue viva por mais 13 mil anos.

Com informação de: BBC, Science Direct e Stanford News

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A Cervejaria Mais Antiga do Mundo

Em nossa viagem etílica pelo globo, nós já demos algumas voltas nos bares mais antigos do mundo, incluindo um com mais de 1.200 anos de funcionamento em Salzburg, na Áustria. Não muito longe dali, no sul da Alemanha, por acaso reside a cervejaria em funcionamento mais antiga do planeta: conheça a magnífica história da Bayerische Staatsbrauerei Weihenstephan – ou apenas Weihenstephan, para os locais.

Como indicado no portal oficial da cervejaria, muito antes de sequer existir a Alemanha, o Sacro Império Romano-Germânico e o imperador Carlos Magno, nascia no ano de 725 o monastério beneditino de Weihenstephan sobre a colina Nährberg na cidade de Frisinga. Por ordem do milagroso São Corbiniano e seus doze discípulos, os monges passaram a cultivar lúpulo na vizinhança e lucravam com este cultivo ao produzir cerveja.

Duzentos anos mais tarde, em 955, o monastério passou por uma terrível crise ao ser saqueado por invasores húngaros que destruíram as plantações e o próprio edifício original da cervejaria. O resultado foi um longo e duradouro processo de reconstrução cujo desfecho mais alegre, um século mais tarde no ano de 1.040, foi a autorização da prefeitura de Freising para cultivar o lúpulo e vender a cerveja oficialmente à toda região.

Entre 1.040 e 1803, o local sobreviveu a todos os tipos de horrores e pragas da Idade Média. Dezenas de guerras internas e externas, a peste negra, mudança de tronos e até mesmo um grande terremoto. Mas nada havia preparado o local para a grande mudança que viria em 1803 com a Mediatização Alemã. Com o fim do Sacro Império Romano-Germânico em vista, a maioria das propriedades da Igreja passaram a ser domínio estatal e, por consequência, secularizadas. Em outras palavras, o monastério foi dissolvido e transferido para outra região, mas a cervejaria manteve o seu funcionamento – até hoje. Por este motivo, o nome completo da cerveja traduzido ao português é Cervejaria Bávara Estatal Weihenstephan, hoje propriedade do estado bávaro.

Nos dias atuais, o local também funciona como uma universidade de estudos superiores para os bons amantes de cerveja. Todos os anos, são produzidos quase 40.000 da bebida mais famosa da região, com o carro-chefe da casa sendo as cervejas de trigo clara e escura. Nesta aventura milenar, uma coisa é certa: a grande vencedora foi mesmo a própria cerveja.

Com informações de: Breja Justa, Weihenstephaner e Wikipédia

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Idade de Ouro

Nada como fazer 18 anos. Neste ritual de passagem para a vida adulta, o mundo parece abrir suas portas, oferecendo todas as suas possibilidades e misteriosos caminhos que nos levam à difícil, porém excitante, fase de amadurecimento. Uma dessas deliciosas conquistas é o fato de finalmente podermos tomar uma cerveja com os amigos num bar sem dever, de fato, explicação aos pais ou ao Estado. Acontece que em certas partes do mundo não é bem assim que funciona…

Embora os 18 anos sejam a idade legal para o consumo de bebidas alcóolicas no Brasil e em grande parte do planeta, existem lugares no mundo que fogem à esta regra. Segundo o portal IARD, sigla em inglês para Aliança Internacional para o Consumo Responsável de Bebidas – que reúne a informação de consumo e venda de álcool em mais de 180 países – tanto a Etiópia quanto a República Centro-Africana permitem a venda de bebida alcóolica a pessoas acima de 15 anos de idade. Isso não significa que elas possam simplesmente ir ao bar e tomar uma cerveja, mas que elas têm direito de comprar o produto e levar à casa.

Talvez por conta do calor e da cultura praieira, a região do Caribe também parece ser mais flexível em relação à venda de cerveja a menores de 18 anos: nas ilhas de Antígua & Barbuda, Cuba, Dominica e São Vicente, 16 anos parece ser a idade suficiente para ter no seu RG para poder aproveitar um drink alcoólico num bar ou espaço público.

Já se você for um adulto formado, casado, com filhos (e quiçá netos!), entre 18 e 150 anos no Afeganistão, Barém, Brunei, Irã, Iraque, Líbia, Sudão e Iêmen, não há garçom que vá lhe servir uma gelada. Nem que você peça de joelhos. Isto porque nestes países, e mais alguns outros, a sharia – lei islâmica – é levada a sério. A venda e o consumo de álcool estão totalmente proibidos, senão parcialmente vetados aos muçulmanos. A pena pela infração nestes lugares varia desde a prisão até humilhantes chibatadas em praça pública.  

Agora, você deve imaginar que estamos falando apenas de micro países e lugares tão distantes quanto à nossa imaginação, não é mesmo? Errado. Você ficaria de boca aberta se soubesse que, por exemplo, um adolescente de 14 anos pode beber na Alemanha – a meca da cerveja. Lá, um adolescente acompanhado dos pais tem o mesmo direito de tomar uma cerveja quanto um adulto de 18 anos no Brasil. Desacompanhados, esta idade sobe para os 16 anos. Os estabelecimentos que por ventura ousarem transgredir alguma das leis mencionadas acima podem ser penalizados em até 4 mil euros, o equivalente a 17 mil reais na cotação atual.

Se você mora no Brasil e cumpriu 18 anos este ano, parabéns, seja bem-vindo(a) ao clube dos cervejeiros! Porém, para mais além da idade legal ou do país onde você se encontra, uma coisa é certa: beber cerveja envolve responsabilidade. Por isso, beba com moderação para poder seguir aproveitando outros tantos bons anos de brindes.

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Chuva, Suor & Cerveja

Foi no ano de 1977 que Caetano Veloso lançou a famosa marchinha “Chuva, Suor e Cerveja”, uma ode à maior festa popular de rua do país: o carnaval, ilustrando basicamente a presença do calor humano do povo brasileiro nas ladeiras de Salvador sob as tórridas tempestades de verão. Talvez, de fato, maior folia neste planeta não há – mas ao contrário do que muita gente pensa, o carnaval surgiu muito antes de Caetano embalar suas cantigas no Pelourinho ou mesmo do nosso país se chamar Brasil.

Em linhas gerais, de acordo com o portal Superinteressante, desde a Antiguidade se comemorava o carnaval entre os povos egípcios, hebreus, gregos e troianos. Para os povos do Hemisfério Norte, era um período que marcava o final do inverno e o início da boa colheita. Na Antiga Roma, a festa pagã era comemorada nas ruas da cidade, onde escravos temporariamente soltos e homens livres dançavam nus ao lado de antigos carros alegóricos. Mais tarde, com a presença da Igreja Católica na Idade Média, o carnaval passou a significar os últimos dias “livres” antes da Quaresma, cuja penitência divina proibia o consumo de carne durante os quarenta dias que antecediam à Páscoa. Por isso a expressão em latim carnem levare, ou “ficar livre da carne”, transformou-se no nosso bom e conhecido “carnaval”.

Segundo a Confederação do Comércio de Bens e Serviço e Turismo (CNC), estima-se para o carnaval do ano passado houve uma injeção de R$ 6,5 bilhões na economia nacional, dos quais 85% de toda essa renda gerada está concentrada no setor de alimentação fora do domicílio, isto é, bares e restaurantes. Já de acordo com o Ministério do Turismo, estima-se que pelo menos 11 milhões de brasileiros realizaram alguma viagem durante a temporada de festas, destes 400 mil estrangeiros que aproveitaram para cair na farra.

Já o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) afirmam: a cerveja é o produto mais consumido durante o período dos bloquinhos. Dentre os entrevistados, 57% afirmaram que esta bebida era a primeira opção, seguida de água e refrigerante. Outro valor que salta aos olhos: dos 72 milhões de consumidores brasileiros previstos no ano anterior, o brasileiro médio gastou R$ 847,35 nesta semana, com os homens puxando a média para cima, com R$ 969.

Esteja você fantasiado de grego, troiano, pierrô ou mestre-sala, uma coisa é certa: carnaval é tempo de curtir. Por isso não se esqueça: se for beber, não dirija, mas me convide para o bloquinho.

Com informações de: Portal no Varejo, Superinteressante e UOL

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Um Meme Por Mês

Sábio era o mestre Confúcio, político e filósofo chinês que viveu há mais de 2.500 na China e cunhou a frase: “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Na era da Internet, poder-se-ia dizer que “um meme vale mais do que mil imagens”.

Termo que vem do grego “mimema”, que significa mimese ou imitação, o etólogo, biológo evolutivo e escritor britânico Richard Dawkins forjou a palavra “meme” muito antes da popularização mundial da Internet, em 1976, com o seu livro O Gene Egoísta. Segundo o portal Midiatismo, um meme seria “qualquer conhecimento relacionado à cultura que possa (ou é) transmitido através de um indivíduo para o outro”. Ainda de acordo com o portal, um meme seria mais do que uma piada, mas sim uma informação transmitida que não perde sua essência, uma espécie de DNA da internet.

Por isso, em comemoração à esta divertida e, de certa maneira, complexa rede de conhecimento imagético, sugerimos doze memes cervejeiros para você ativar em cada um dos meses de 2019 nas suas redes sociais.

    

Seja no grupo da família, do trabalho ou dos amigos, o seu DNA cervejeiro será espalhado para milhares de vozes que ecoem com a sua. Bom ano!

Com informações de: Midiatismo e Significados

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Cerveja de Natal

“Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”, já dizia Jorge Ben no famoso clássico dos anos 60, em País Tropical. Por sorte nossa, as festas de fim de ano, incluindo o Natal e o Réveillon, recaem sobre a época mais quente do ano e podemos tomar a nossa cerveja gelada ou saltar as sete ondinhas sem maiores preocupações. Já nos países do Norte, a situação não é lá tão boa, pois é tudo ao contrário, com o frio reinando justamente nos meses onde aqui guardamos para ir à praia. A solução para aguentar tamanho frio? Mais álcool.

Comumente conhecidas em países de tradição cervejeira como a Alemanha, Bélgica, República Tcheca e até mesmo (hoje em dia) nos Estados Unidos, a “Weihnachtsbier” – literalmente “cerveja de Natal” em português – faz parte da cultura de fim de ano nestes lugares mencionados. Trata-se de uma cerveja especial, geralmente mais encorpada, mais calórica e mais alcóolica, numa espécie de edição comemorativa.

Historicamente, trata-se de uma tradição pagã viking, que comemorava o fim da escuridão e a chegada dos dias mais longos no solstício de inverno do dia 21 de dezembro. Posteriormente incorporada pela Igreja Católica e assimilada ao nascimento de Jesus Cristo, o Natal passou a ser uma das maiores datas comemorativas em todo o mundo Ocidental.

Cada ano, os melhores mestres cervejeiros da Europa e Estados Unidos selecionam o melhor das matérias primas disponíveis e confeccionam, de acordo com o seu local e tradição, a melhor cerveja de natal que lhe couber. A exemplo disso, o festival Kerstbier – a ser promovido entre os dias 15 e 16 de dezembro deste ano na pequena cidade de Essen, na Bélgica – reúne milhares de amantes de cerveja de natal, de mais de 30 países diferentes, todos dispostos a conferir cada um dos quase 200 títulos disponíveis unicamente para esta época fria do ano.

Mas caso a Bélgica e todo este papo de neve em pleno dezembro estejam distantes demais para você, saiba que atualmente existem bons rótulos nacionais, especializados em cervejas de natal, que farão jus a qualquer presente de amigo secreto da família. Uma pesquisa rápida na internet somado a um bom planejamento de delivery garantirão um Natal muito mais divertido, para não dizer mais saboroso e alegre, ao nosso bom e velho 25 de dezembro veraneio, sob muito sol e calor humano.


Com informação de: Kerstbierfestival e Opa Bier